Inovação tecnológica transforma dia a dia do profissional de contabilidade

Inovação tecnológica transforma dia a dia do profissional de contabilidade

A inovação tecnológica contribui para transformar a imagem e a participação do profissional da contabilidade no mundo dos negócios. Reforça ainda o seu papel estratégico na tomada de decisões. A conclusão é do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Na avaliação do órgão, com os diversos avanços, a contabilidade se tornou um instrumento essencial na gestão. Dessa forma, para o conselho, o desafio está em se preparar para assumir esse novo papel.

Palavras como cloud computing, inteligência artificial, automação, blockchain e software se incorporaram ao mundo contábil. Empresários do setor ouvidos pelo CFC apontam um consenso: a única saída é entrar no ritmo de aperfeiçoamento e inovações. É unânime também a constatação de que o profissional que não seguir por essa trilha poderá perder o caminho.

É preciso se adaptar

Conforme salienta o conselho, essas constatações vêm dos próprios empresários contábeis que lidam, diariamente, com a implementação dos avanços tecnológicos. Eles são de várias partes do país — do Amazonas, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo —, concordam entre si e destacam a necessidade de adaptação.

Apontam, por exemplo, processos de informatização do Governo Federal, como o Sped. Desde 2017, a Receita Federal determinou que toda Escrituração Contábil Digital (ECD) deve ser assinada, independentemente das outras assinaturas, por um Certificado Digital e-PJ ou e-CNPJ.

Empresários do ramo destacam a importância de estudar, capacitar-se e ficar atento às novidades. Adotar novas estratégias e ferramentas, como integrações, robotizações e plataformas digitais, tornou-se um diferencial, refletindo na qualidade e na presteza dos serviços.

Paralelamente, a figura tradicional do contador tem se transformado e ganhado mais importância na tomada de decisões, atuando também como um analista de dados e, de certa forma, conselheiro de finanças.

Diante da enormidade de avanços, uma ressalva importante apurada pelo CFC junto aos empresários é tomar cuidado com modismos. É preciso avaliar com cuidado a necessidade real de implantar cada inovação. Outro ponto fundamental é a garantir uma equipe sempre qualificada e capacitada para tirar o melhor proveito possível da modernização.

A importância da capacitação

Aperfeiçoamento constante, maior qualificação, visão de negócios e habilidades analíticas se tornaram requisitos essenciais para o sucesso de um bom profissional. “De fato, o profissional pode considerar a quarta revolução industrial como valiosa aliada da Contabilidade, e, nesse contexto, estreitar as relações entre a profissão e a educação será fundamental para ajustar as arestas desse processo não tão simples”, afirma o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Zulmir Breda.

Na opinião dele, em um cenário econômico dinâmico e exigente, os profissionais necessitam de competência e conhecimento para ajudá-los e capacitá-los a agir com habilidade e cuidado. Nesse sentido, ele explica que o CFC tem buscado intensificar as ações do Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC), com o objetivo atualizar e expandir os conhecimentos e competências técnicas, habilidades multidisciplinares, além de promover a elevação do comportamento social, moral e ético da classe contábil.

“É impossível não mencionar que a busca por uma educação continuada se tornará cada vez mais essencial para se manter no mercado de trabalho. É sempre oportuno lembrar que a aprendizagem, ao longo do tempo, representa a busca por competência técnica, habilidades profissionais e valores éticos. E essa aprendizagem é fundamental para que os profissionais da contabilidade exerçam com excelência seu papel e atendam às expectativas da sociedade”, comenta Breda.

No entanto, conforme alerta o presidente do CFC, a humanização continua sendo essencial. “É preciso estar claro que tarefas, como entender o cliente em suas necessidades; elaborar a política contábil de um empreendimento ou de instituições; e explorar dados e analisá-los cuidadosamente, de modo a transformá-los em planejamento, contribuindo para o desenvolvimento econômico, definitivamente não são e não serão atribuições de um robô”, conclui.

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